A agenda de florestas

A Coalizão espera o fortalecimento da agenda de Florestas, que será liderada pelo presidente da COP 26, Alok Sharma. Ele convidou líderes mundiais a se unirem à Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos, que será lançada na COP 27. A Forests & Climate Leaders’ Partnership (FCLP) visa ampliar as ações para proteger, conservar e restaurar as florestas do mundo, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento sustentável e uma transformação rural inclusiva. Isso significa que o tema permanecerá em alta nesta COP, suscitando oportunidades de novos acordos e fontes de financiamento.

Vale lembrar que, após o anúncio da Declaração de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, na COP passada, a República do Congo, onde fica parte da Bacia do Congo, a segunda maior floresta tropical do mundo, e a Iniciativa Florestal da África Central assinaram um acordo histórico, de US$ 500 milhões, para preservar o valor das florestas.  Paralelamente, a Indonésia reduziu a perda de floresta primária pelo quinto ano consecutivo.

O último relatório global Forest Declaration Assessment mostra declínio do desmatamento em todos os continentes, exceto na América Latina, e informa que o Brasil é a nação que mais contribui com os números globais de desmatamento. É de se esperar, portanto, grande pressão sobre o país. Dependendo das perspectivas de reestruturação dos órgãos ambientais e de reversão da tendência de alta no desmatamento da Amazônia, o Brasil poderá aderir a novos pactos e parcerias com vistas a atrair recursos para a preservação de nossas florestas. O fato de que os governos da Amazônia optaram por um estande separado do governo brasileiro pode ser entendido como sinal de boa vontade política nesse sentido.

Contexto:

Na COP 26, em Glasgow, mais de 140 chefes de Estado, de países que concentram mais de 90% das florestas do mundo, se comprometeram a cooperar para deter e reverter a perda florestal e a degradação da terra até 2030. Essa ação tem o potencial de garantir até 10% da redução necessária de emissões para atingir as metas do Acordo de Paris. O anúncio foi apoiado por mais de US $19,2 bilhões em fundos públicos e privados e compromissos inovadores para mudar os sistemas globais de produção, cadeias de suprimentos, finanças e posse da terra em favor de florestas e pessoas dependentes da floresta.  

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