09/2024

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Grupo Estratégico da Coalizão recebe novos membros do agro e da academia

Eduardo Assad (FGV), Juliana Lopes (Amaggi) e consultor Pedro de Camargo passam a integrar instância que cuida das diretrizes do movimento

O Grupo Estratégico (GE), maior instância de governança da Coalizão Brasil, recebeu três novos integrantes em setembro. Eduardo Assad, pesquisador da FGV Agro e diretor executivo da Fauna Projetos, e Pedro de Camargo Neto, consultor empresarial, ingressam no colegiado representando a academia e o agronegócio, respectivamente. Já Juliana Lopes, diretora de ESG, Comunicação e Compliance da Amaggi, passa do Grupo Executivo (GX) para o GE.

“Participar do GX ao longo desses anos foi fundamental para compreender o funcionamento da Coalizão, a importância das forças-tarefa e o processo de discussão. Agora, ser parte do Grupo Estratégico é, para mim, uma grande honra e responsabilidade”, diz Lopes. “Nele, as discussões são mais amplas e holísticas, abordando temas sensíveis e as políticas públicas de maior relevância para o país, sempre com o objetivo de garantir um futuro melhor.”

Juliana Lopes é graduada em Relações Internacionais pela Estácio de Sá, possui MBA em Responsabilidade Social e Terceiro Setor e em Comunicação Corporativa e tem especialização em Liderança da Sustentabilidade pela Universidade de Berkeley (EUA).

Os dois novos integrantes também são profissionais de destaque em suas áreas. Eduardo Assad é formado em Engenharia Agrícola pela Universidade de Viçosa, com mestrado e doutorado na França. Foi pesquisador da Embrapa e secretário de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos no Ministério do Meio Ambiente em 2011. Atualmente, é docente da pós-graduação em agronegócios da Fundação Getulio Vargas e pesquisador do Observatório de Bioeconomia do GVagro, também da FGV. No momento, realiza estudos sobre medições de carbono na agricultura e segurança alimentar.

 “Pretendo colocar minha experiência em prol das discussões dos temas caros à Coalizão, em especial sobre como a agricultura pode ser um setor de destaque no mercado de carbono, ao deixar de ser uma atividade emissora de gases de efeito estufa para ser removedora. Temos muitos bons exemplos de que isso é possível”, pontua Assad.

Já Pedro de Camargo Neto é engenheiro civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com Master of Science pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e doutorado, também pela USP, em Engenharia de Produção. É agricultor, pecuarista e já participou da governança de diversas entidades e empresas do setor agrícola.

Camargo Neto vê na Coalizão um espaço de debate para a transformação econômica e ecológica necessárias diante do agravamento das mudanças climáticas. “É aqui que as posições diferentes se encontram para conhecerem suas divergências e, juntos, evoluírem. E nenhuma mudança acontecerá sem que o agro tenha seu papel-chave, e sem ter suas dificuldades e oportunidades reconhecidas no debate”, afirma.

Processo seletivo

Os indicados para o GE passaram por um processo seletivo em que os membros do movimento puderam indicar candidatos. A partir das sugestões, foi composta uma lista inicial ampla, avaliada pelo Comitê de Governança do movimento, que selecionou nomes para uma lista menor. Esta, por sua vez, foi analisada pelo GX. Por fim, os três novos membros foram escolhidos pelo GE, considerando sua contribuição individual para áreas relacionadas ao trabalho da Coalizão, sua representatividade no setor em que atuam, capacidade de negociação e articulação e disponibilidade para participar das discussões da rede.

O GE tem 20 assentos – oito destinados a representantes do setor privado, oito à sociedade civil, dois ao setor financeiro e dois à academia. Os novos membros ingressaram no lugar de Paulo Hartung (Ibá), Suzana Kahn (Coppe/UFRJ) e Walter Schalka (Suzano), que deixaram o colegiado nos últimos meses.

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