Lançada no início de setembro – mais precisamente no dia 5, Dia da Amazônia – a campanha Seja Legal com a Amazônia tem sido divulgada amplamente pela Coalizão Brasil e outras iniciativas parceiras nas redes sociais e em eventos internacionais.
A campanha tem como foco o combate à grilagem e a ocupação ilegal de terras públicas no bioma, que incluem territórios indígenas, unidades de conservação e florestas não destinadas – ou seja, aquelas que pertencem à União, mas estão sem uso específico. Essa situação leva a roubos de madeira, queimadas, criminalidade e corrupção, causando danos a ecossistemas e biodiversidade e à imagem e reputação internacional do agronegócio brasileiro.
Cerca de 60% das florestas da Amazônia estão em terras públicas, sendo que 40% do desmatamento ocorrido na região em 2018 foram nessas áreas.
O site sejalegalcomaamazonia.org.br explica os principais objetivos da campanha, que pede medidas efetivas dos poderes públicos para desafios como a resolução de conflitos fundiários, além de pedir a constituição de uma força-tarefa da Justiça Federal, apoiada pelo Executivo, Legislativo e Ministério Público.
A campanha busca ainda sensibilizar e mobilizar a população para esse problema, que é de toda a sociedade. No site, é possível assinar um manifesto e enviar por e-mail para o Procurador Geral da República e para o Ministro da Justiça, pedindo apoio às medidas para combater essas ilegalidades na Amazônia.
A iniciativa é promovida pela Coalizão em conjunto com as seguintes organizações do agronegócio e de defesa do meio ambiente: Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto Ethos, Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).
O lançamento da campanha aconteceu no dia 5 de setembro e envolveu uma ação que surpreendeu a muitos. Um falso anúncio circulou nos principais jornais de São Paulo, divulgando o loteamento e venda do Parque Trianon. A simulação de venda do parque, uma área verde e pública de 48 mil metros quadrados, chamou a atenção de quem passava na rua em frente ao local.
O jornalista Gilberto Dimenstein, por meio do portal Catraca Livre, participou da ação “denunciando” a venda, e depois esclareceu e explicou a campanha.
Uma coletiva de imprensa, realizada no dia seguinte, também explicou a campanha e a importância de resolver a invasão de terras públicas e explicar por que essa questão uniu produtores rurais e ambientalistas em torno de ações de conscientização e mobilização da sociedade.
Como resultado dessas ações, houve uma ampla repercussão na mídia, em veículos como Folha de S.Paulo, O Globo, Jornal do Brasil e Exame.
A campanha também foi divulgada na Climate Week em Nova York pela Coalizão e seus membros em variados eventos, como o Bloomberg Global Business Forum e o Amazonia Beyond Crisis.
Durante essa Semana pelo Clima, a Coalizão participou ainda do lançamento de outra campanha, desta vez com foco no desenvolvimento sustentável da floresta amazônica, chamada “Amazônia Possível”.
Saiba mais sobre essa e outras participações da Coalizão na Climate Week aqui.
A Campanha #SejaLegalComAAmazônia realizou uma série de entrevistas com quatro Procuradores da República integrantes da Força-Tarefa Amazônia e o resultado pode ser conferido nos vídeos lançados em 14 de feveireiro, nas redes sociais da Coalizão Brasil e também de outros parceiros apoiadores da campanha. O roubo de terras públicas na Amazônia é um dos grandes vetores do desmatamento e da violência na região, mas ainda é um crime pouco conhecido. Vamos juntos mostrar que ele existe e que é possível combatê-lo. Assista e compartilhe!
Vídeo 1 – Grilagem, desmatamento e violência – Entrevista com Procuradores da Força-Tarefa Amazônia
Vídeo 2 – O trabalho da Força-Tarefa Amazônia – Entrevista com Procuradores da República
Vídeo 3 – Como operam as redes criminosas que roubam terras públicas na Amazônia – Entrevista com Procuradores