09/2022

Tempo de leitura: 9 minutos

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Coalizão Brasil apresenta propostas em eventos estratégicos

De encontros de divulgação científica a congressos sobre restauração e agronegócio, movimento participa de discussões com diferentes segmentos da sociedade

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Fotos: Reprodução

No início do segundo semestre, a Coalizão Brasil participou ativamente de discussões estratégicas e eventos relacionados à agenda agroambiental. Para o movimento, os diferentes congressos e webinares que abordam desde temas relacionados ao agronegócio até dados científicos são momentos importantes para apresentar suas atividades para diferentes atores, bem como para compartilhar as propostas elaboradas para os candidatos às eleições de outubro.

Economia verde no Brasil

No dia 2 de setembro, Laura Lamonica, coordenadora-executiva da Coalizão, participou do lançamento do documento “Economia Verde no Brasil – Contribuições para uma política nacional”, promovido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS). O movimento é citado no capítulo sobre agricultura sustentável.

“Temos no uso da terra a grande oportunidade de reduzir e remover nossas emissões, por meio de um desenvolvimento econômico que seja de baixo carbono e inclusivo”, destacou Lamonica. Ela também apresentou as propostas da Coalizão aos candidatos das eleições e enfatizou que a democracia é uma premissa do documento, pois o movimento atua “com soluções baseadas no diálogo e na ciência”.

7º Seminário Anual do MapBiomas

O cofalicitador da Coalizão Brasil e diretor-executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), José Carlos da Fonseca, participou da abertura do 7º Seminário Anual do MapBiomas, no dia 26 de agosto, em Brasília. O evento, que marcou o lançamento da Coleção 7 de Mapas de Cobertura e Uso da Terra do Brasil, teve como tema os “Desafios do uso da terra no Brasil com prosperidade e sustentabilidade”.

“Em um mundo que olha para o Brasil com atenção, observamos a relevância dos levantamentos do MapBiomas, com sua credibilidade, base científica robusta e equipe dedicada. É um patrimônio para todos nós, e será ainda mais importante nos tempos vindouros, quando o Brasil terá que reconstruir caminhos e conexões”, afirmou Fonseca.

III Divulga Ciência

O desafio para que tomadores de decisão usem o conhecimento científico na construção de ações pelo clima e uso da terra foi o tema abordado por Laura Lamonica, coordenadora executiva da Coalizão, em um painel realizado no dia 23 de agosto, durante o III Divulga Ciência, evento organizado pela Ilha do Conhecimento. O painel, que teve também a participação de Ana Celina Tiburcio, da iniciativa Organa, abordou o papel político e social da divulgação científica para o meio ambiente.  

“Um diferencial do Brasil em relação a outros países em desenvolvimento é que temos uma sociedade civil e instituições de pesquisa extremamente atuantes, que reduzem essa distância entre a ciência e a tomada de decisão”, afirmou Lamonica.

Ela também destacou que o conhecimento científico embasa os documentos e posicionamentos da Coalizão Brasil, que visam influenciar tomadores de decisão de diferentes esferas e setores.

Diálogos para uma bioeconomia inclusiva na Amazônia

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) está promovendo o ciclo “Diálogos para uma bioeconomia inclusiva na Amazônia”, com a participação de atores locais, governamentais e internacionais.

Juliana Simões, gerente adjunta de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais na The Nature Conservancy (TNC) e colíder da Força-Tarefa Bioeconomia da Coalizão, participou do segundo encontro, realizado no dia 19 de agosto, que abordou o papel dos governos locais para o fomento da bioeconomia inclusiva.

“Uma das prioridades é desenvolver uma política nacional de bioeconomia, para ter uma governança do tema e integrar e adequar os biomas, que têm suas peculiaridades.”

Pré-lançamento da plataforma Farol Verde

“A agenda do clima perfaz a agenda da fome, engloba a agenda social, da geração de emprego e trabalho. Não se trata de uma agenda de direita ou de esquerda. É a agenda de cidadania, do país que nós queremos construir para o futuro.”

Essa foi uma das falas de Marcello Brito, CEO da CBKK e membro do Grupo Estratégico da Coalizão no pré-lançamento do Painel Farol Verde, uma plataforma que mapeia o comprometimento de candidatos às eleições e de políticos em exercício às pautas de mudanças climáticas, sustentabilidade ambiental e direitos socioambientais. A iniciativa é organizada pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e pela Rede Advocacy Colaborativo (RAC) e conta com 27 parceiros de diferentes setores, entre eles a Coalizão.

No evento, realizado no dia 16 de agosto e divulgado pelo Congresso em Foco, Brito também abordou o caráter global da pauta agroambiental e como é importante que ela seja discutida em diferentes esferas do governo.

Conferência Brasileira de Mudança do Clima

Renata Piazzon, diretora do Instituto Arapyaú e membro do Grupo Executivo da Coalizão, apresentou as propostas do movimento para os candidatos às eleições durante o lançamento da carta compromisso “Diretrizes para a Ação e Ambição Climática”, na Conferência Brasileira de Mudança do Clima, no dia 9 de agosto. A participação de Piazzon foi por meio de um vídeo previamente gravado.

“A Coalizão estruturou suas propostas em três eixos: combate ao desmatamento, produção de alimentos e combate à fome, e geração de emprego e renda”, contou ela, que enxergou pontos em comum entre o documento da Coalizão é a carta compromisso.

“Ambas as propostas são fruto de um processo participativo, coletivo e propositivo e trazem ações que podem ser adotadas pelos próximos governos. Defendem uma agenda integrada que considere o enfrentamento da crise climática como fundamental nesse olhar para o desenvolvimento do país, e entendem que soluções para problemas complexos exigem construção coletiva e em rede.”

 6o Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental

Líder de Financiamento de Carbono da Conservação Internacional e da Força-Tarefa de Silvicultura de Espécies Nativas da Coalizão, Miguel Calmon participou de um painel sobre experiências exitosas de reflorestamento ambiental no 6º congresso brasileiro dedicado ao setor.  O evento, que aconteceu entre os dias 3 e 5 de agosto, discutiu inovação tecnológica, atualização e intercâmbio técnico e empresarial, integrando diferentes atores das áreas florestal e ambiental.

Além de Calmon, participaram desse painel Patrícia da Silva Machado, gerente de Políticas Florestais e Bioeconomia da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), e Marcos Sossai, gerente do Programa Reflorestar, da Secretaria de Meio Ambiente (Seama) do estado do Espírito Santo.

Congresso Brasileiro do Agronegócio

22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), foi realizado no dia 1º de agosto. José Carlos da Fonseca, cofacilitador da Coalizão, participou de um painel sobre meio ambiente e mercados, em que destacou que o Brasil tem novamente o desafio de ser protagonista da pauta agroambiental. Isso se reflete, por exemplo, em oportunidades relacionadas ao carbono.

“Temos visto quase que uma corrida de vários setores na busca por carbono florestal, que é um ativo brasileiro por excelência. Por isso a importância de enfrentar o desmatamento ilegal. Isso precisa ser uma obsessão nacional, pois tem implicação para todos os setores da economia e para nossa imagem no mundo todo.” 

Webinar “Soja sem desmatamento e com respeito aos direitos humanos”

No dia 27 de julho, aconteceu o lançamento do guia “Roteiro para Relatório de Progresso: Soja livre de desmatamento e com respeito aos direitos humanos na América do Sul”, com foco no Cerrado e Amazônia, elaborado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal (Imaflora) e The Nature Conservancy (TNC), com o webinar “Soja sem desmatamento e com respeito aos direitos humanos”.

Juliana de Lavor Lopes, membro do Grupo Executivo da Coalizão e diretora de Sustentabilidade, Comunicação e Compliance da Amaggi, participou do lançamento.

“O ‘Roteiro para Relatório de Progresso’ é uma ferramenta importante, pois traz orientações para analisar o que é possível e o que vai levar tempo para implementar. Ele está diretamente relacionado ao décimo compromisso da Coalizão, que é transparência, diálogo e cooperação. Precisamos que a transparência se dê em todas as esferas, governamental, setorial e individual, por parte das empresas”, afirmou.

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