Foto: Fernanda Macedo / Coalizão Brasil
Em 2 de abril, membros do Grupo Executivo (GX), Coordenação Executiva e os líderes dos Grupos de Trabalho (GTs) da Coalizão Brasil se reuniram para mais uma etapa da construção da visão de longo prazo.
O processo, que começou em 2017 com um amplo processo interno de debate, já havia envolvido os líderes dos GTs, convidados a repensar a forma mais eficaz de atingir os objetivos estratégicos do movimento.
Em dezembro em 2017, o Grupo Estratégico (GE) da Coalizão Brasil tomou a importante decisão de redirecionar os esforços do movimento para a construção de uma visão de longo prazo para o país. Essa decisão foi também anunciada na última plenária de 2017 e, desde então, as diversas instâncias de governança da Coalizão Brasil têm se dedicado a esse trabalho.
No início do ano, a Coordenação Executiva deu os primeiros passos na construção dessa visão. Em seguida, o Grupo Executivo (GX) foi envolvido e um primeiro esboço foi apresentado ao GE, em março, para validação.
Mais uma vez, o GE sinalizou positivamente à estratégia de longo prazo e, com isso, a Coalizão Brasil partiu para a etapa seguinte, envolvendo novamente os líderes dos GTs.
Toda essa movimentação é fundamental para que o movimento seja capaz de lidar com o grande desafio que tem pela frente: influenciar o país a transformar o uso da terra em uma real oportunidade de desenvolvimento.
Para se preparar para esse desafio, a Coalizão Brasil está revendo sua forma de trabalho, buscando o modelo mais adequado ao objetivo de construir essa visão de longo prazo. O movimento já passou por um momento semelhante, quando, em 2015, os membros se uniram para elaborar o Livro Verde. Nessa época, o modelo da Coalizão Brasil foi pensando para viabilizar a criação desse documento.
Portanto, a partir deste momento, a Coalizão Brasil passa a contar com Fóruns de Diálogo, abertos a todos os membros, e que abordarão os cinco macro temas estratégicos da visão de longo prazo, alinhando, assim, o modelo do movimento a esse objetivo:
FÓRUM | ESCOPO |
Floresta Nativa | Restauração Silvicultura de nativas Concessões florestais Combate à madeira ilegal Produtos florestais não madeireiros Novos materiais/bioprodutos Manejo florestal Assistência técnica e extensão rural Transferência, difusão e acesso à tecnologia e informação P&D e Inovação Mitigação e adaptação baseada em ecossistemas Valorização da floresta em pé Fortalecimento do sistema de áreas protegidas Interfaces com o Código Florestal Monitoramento das emissões e remoções |
Agropecuária eSilvicultura | Assistência técnica e extensão rural Agricultura familiar ILPF e outros sistemas integrados de produção de baixo carbono Transferência, difusão e acesso à tecnologia e informação P&D e Inovação Novos materiais/bioprodutos Produção, distribuição e acesso Produtividade e intensificação sustentável Sequestro de carbono, mitigação e adaptação às mudanças climáticas Monitoramento das emissões e remoções Bioenergia Conservação de solo e água |
Instrumentoseconômicos | Recursos financeiros PSA REDD+ Crédito agrícola Financiamento público/privado Mecanismos inovadores Precificação de carbono Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável – MDS Geração de demanda por produtos de baixo carbono Tributação |
PolíticasPúblicas (PP) | Governança e regularização fundiária Implementação do Código Florestal Licenciamento ambiental Assistência técnica e extensão rural Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) Zoneamento Agroecológico Oportunidades x passivo ambiental Combate à ilegalidade Papel do Estado Governança do uso da terra Monitoramento, transparência e accountability Aproveitamento econômico da Reserva Legal Políticas públicas para recursos hídricos |
Desmatamento | Desmatamento legal e ilegal Estratégias para redução da conversão de vegetação nativa Valorização da floresta em pé Monitoramento Impacto econômico, social e ambiental Destinação de áreas não designadas |
Esses Fóruns darão andamento às ações atuais dos GTs que devem atingir resultados até o fim do ano, garantindo a continuidade do importante trabalho que tem sido feito nos últimos anos e que precisa ser concluído. Mas, além de garantir essa continuidade, os Fóruns também terão a missão de contribuir para construção da visão de longo prazo.
Com isso, a Coalizão Brasil espera que os Fóruns sigam reunindo todos os membros que têm participado ativamente dos GTs. E, além disso, consiga mobilizar outros membros que ainda não participam dos debates do movimento, assim como atrair novos atores da agenda de clima, florestas e agricultura.
Portanto, este é um momento-chave para que a Coalizão Brasil possa aumentar o engajamento da sua rede e manter viva sua dinâmica e diversidade, que são seus maiores ativos.
Os Fóruns serão abertos a todos os membros da Coalizão Brasil e contarão com um Grupo de Lideranças. Essas lideranças serão as pessoas responsáveis por garantir o ritmo das discussões e por entregar a contribuição de cada Fórum para a construção da visão de longo prazo.
Os participantes dos Fóruns poderão atuar de forma livre e ocasional, contribuindo nos debates; ou de forma ativa, frequente e comprometida com a entrega final para a visão de longo prazo.
Além dos Grupos de Lideranças, o trabalho contará também com o apoio de uma consultoria, da Coordenação Executiva e com o acompanhamento constante dos Grupos Executivo e Estratégico.
Confira o comunicado sobre os cinco Fóruns enviado pela Coalizão Brasil a seus membros.