08/2016

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Coalizão Brasil faz apresentação no COFO e estreita relações com a FAO

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Fotos: Beatriz Milliet

A Coalizão Brasil promoveu, em 22 de julho, um painel durante o COFO 23 (Comitê de Silvicultura), organizado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), em Roma, na Itália. Denominado “The innovative multi-stakeholder approach for low-carbon economic development in Brazil – the case of the Brazilian Coalition on Climate, Forests and Agriculture”, o evento permitiu ao movimento estreitar relações com a FAO, membros do governo brasileiro e figuras marcantes no contexto internacional. Prestigiaram o painel, por exemplo, Maria Laura da Rocha, embaixadora do Brasil na FAO, e Thelma Krug, vice-presidente do Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima (IPCC) e diretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente brasileiro.

Na abertura, René Castro-Salazar, diretor-geral assistente para a área de florestas da FAO, expressou seu contentamento em ver o setor privado e as organizações da sociedade civil juntas. Também reforçou o hoje inegável entendimento de que agricultura e florestas caminham juntas. “Podemos ter uma bela floresta plantada, uma bela floresta nativa, combater a pobreza e produzir dentro do contexto de uma economia de baixo carbono.”

Aspecto social das florestas

Houve apresentações sobre o modus operandi da Coalizão Brasil, por Roberto Waack, presidente do conselho do WWF e sócio da Amata, que ainda abordou a questão das florestas nativas. Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá, tratou das florestas plantadas. A Miguel Calmon, diretor de Projetos da IUCN, coube falar sobre restauração de paisagens de florestas. Luana Maia, coordenadora da Coalizão Brasil, fez uma explanação sobre produção sustentável.

Em seguida ocorreu um debate, que ampliou todos os temas, e contou com a participação de Cécile Ndjebet (Refacof – The African Women’s Network for Community Management of Forests), Everton Lucero (Ministério do Meio Ambiente do Brasil), Luiz Neves (New Generation Plantations), Ivone Namikawa (Klabin) e Ana Yang (Children’sInvestmentFund Foundation – CIFF).

A presença de Cécile, representante de um dos mais sólidos movimentos femininos da Bacia do Congo, permitiu conectar a Coalizão Brasil com a África. Ela e Ivone destacaram o aspecto social das florestas, a participação dos pequenos produtores e o empoderamento das comunidades locais. A atração de investimentos para reflorestamento, via aproximação do setor de plantações de árvores exóticas e nativas, recebeu destaque de Lucero, Calmon e Elizabeth.

Castro e Lucero indicaram grande convergência e possibilidade de cooperação com a Coalizão Brasil, segundo avaliação de Roberto Waack. “O evento foi uma oportunidade rara e valiosa para o alinhamento do roadmap da implementação das pautas da Coalizão; ficou claro que estamos realmente construindo uma agenda para o país.”

COFO 23, que ocorreu entre 18 e 22 de julho, destacou a integração de florestas com agricultura, a relação entre mudanças climáticas e segurança alimentar, economia de baixo carbono nas atividades ligadas ao uso da terra e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Elizabeth de Carvalhaes explicou o que é a Coalizão Brasil em um depoimento em vídeo para o Comitê. Assista aqui

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