03/2022

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Coalizão Brasil participa de reunião sobre créditos de carbono com BNDES e EPE

Membros das FTs Silvicultura de Nativas, Restauração e Mercado de Carbono do movimento foram convidados a contribuir com revisão de nota técnica sobre apoio à restauração florestal pelo setor de óleo e gás

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Foto: TV Brasil/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) convidaram membros das Forças-Tarefa (FTs) Silvicultura de Nativas, Restauração e Mercado de Carbono da Coalizão Brasil para participar da revisão de uma nota técnica de apoio à restauração florestal por meio de créditos de carbono, começando pelo setor de óleo e gás.

O trabalho, fruto de uma cooperação técnica entre BNDES e EPE, busca fazer um diagnóstico e avaliar mecanismos existentes para conectar a compensação de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) desse setor com atividades de restauração. Segundo essa nota técnica, o enfoque será a estruturação de um ou mais mecanismos que possam ser operacionalizados no mercado voluntário, mas seguindo premissas e diretrizes que permitam a integração com mercados regulados, a nível nacional e internacional.

Os membros das FTs da Coalizão participaram de uma reunião com as duas instituições em 19 de janeiro e tiveram acesso a um questionário, cujas respostas ajudarão a subsidiar a escolha de modelos a serem estruturados para futura implementação e a elaborar um documento- síntese que será entregue na próxima fase do acordo de cooperação entre BNDES e EPE.

Márcio Macedo, integrante do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, explicou que o trabalho começou em agosto de 2020, quando EPE e BNDES iniciaram conversas sobre possíveis formas de conexão entre empresas do setor de óleo e gás e o setor de restauração florestal e créditos de carbono. Para ele, é importante impulsionar modelos de interação entre desenvolvedores de projetos e compradores de crédito que possam ser escalados e ter padronização de contratos, entre outros aspectos. 

“Buscamos uma lógica sobre como aproveitar as circunstâncias, potencialidades e recursos do Brasil”, afirmou Giovani Machado, diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE. O que se quer, segundo Machado, é encontrar caminhos para transformar a indústria de óleo e gás em parte da solução para chegar à descarbonização, neutralidade climática e desenvolvimento sustentável.

Os membros das FTs apresentaram sugestões de abordagem, como um olhar mais estratégico sobre a paisagem que inclua outros elementos relacionados à restauração florestal, como conservação e produção (práticas agrícolas e manutenção de estoques de carbono), a importância da governança e possibilidade de contemplar também projetos que promovam resiliência climática.

Entre os participantes do encontro estavam representantes da Agroicone, Bayer, Biofilica, BVRio, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Conservação Internacional (CI), Eccon, Futuro Florestal, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Partner Desenvolvimento, Plantar Carbon, The Nature Conservancy (TNC) e WWF-Brasil.

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