03/2017

Tempo de leitura: 3 minutos

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Coalizão contribuirá com nova versão do Sinaflor

Sinaflor DF 7marco

Foto: Jeanicolau de Lacerda/ Precious Woods

A Coalizão Brasil participou, no dia 7 de março, do lançamento do Sistema Nacional de Controle da Origem de Produtos Florestais (Sinaflor). A cerimônia, realizada em Brasília, contou com a participação do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e da presidente do Ibama, Suely Araújo. Desenvolvido pelo Ibama, o Sinafor integra ferramentas e plataformas já existentes, como o Documento de Origem Florestal (DOF) e o Plano Operacional Anual (POA), e busca melhorar o nível de controle sobre a origem de produtos como madeira e carvão, desde sua exploração até industrialização e exportação. Também tem acesso às informações do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (Sicar). Essa integração reduz a possibilidade de fraudes, por exemplo, na emissão de autorizações de extração de madeira.

Ainda durante o evento, foi confirmado que haverá uma nova versão do sistema, com melhorias em áreas como rastreabilidade e transparência. “Minha orientação é que tudo que não seja proibido seja disponibilizado para o controle social da população”, afirmou Sarney Filho.

Para a Coalizão Brasil, essa primeira versão do Sinaflor representa um passo importante para o setor madeireiro, pois traz mais segurança e confiabilidade ao sistema como um todo (leia mais aqui). “O que está sendo apresentado aqui hoje é bom para o meio ambiente, sociedade e para o setor privado. Gera empregos, cria renda. É, sobretudo, uma maneira clara de mostrar o que é economia de baixo carbono”, destacou Marcelo Furtado, facilitador da Coalizão, que participou da mesa de abertura.

A nova versão do Sinaflor deve sair antes do final do ano, e o movimento colocou-se à disposição para contribuir para responder aos desafios da transparência e da rastreabilidade. “Oferecemos todo arcabouço de conhecimento do Grupo de Trabalho de Economia da Floresta Tropical para sentar junto com a equipe de desenvolvimento do Sinaflor e compartilhar experiências”, destacou Furtado.

Para esse GT, liderado por Precious Woods e Imaflora, com participação da Amata, Instituto BVRio, FSC Brasil e WWF Brasil, a transparência é fundamental para alcançar dois objetivos da Coalizão, que são o de combater a ilegalidade no setor e aumentar a área de manejo florestal sustentável no país. Desde meados de 2016, foram realizados encontros e reuniões com o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente para tratar desses temas. Uma das últimas reuniões ocorreu em Itacoatiara, no Amazonas. Sarney Filho visitou  uma área de manejo florestal certificado da Precious Woods, a convite da Coalizão Brasil.

Na ocasião, o GT apresentou três pleitos: a transparência no setor, a exigência de produtos madeireiros certificados em compras públicas e a criação de um grupo intersetorial para elaboração de políticas e ações. O ministro ressaltou a importância do manejo sustentável como uma forma de combater o desmatamento e promover o desenvolvimento na região, e voltou a repetir isso durante o lançamento do Sinaflor. “O que vai moldar a sustentabilidade no desenvolvimento da Amazônia é a vertente de valorização e exploração dos bens ambientais de forma racional, mantendo serviços ambientais e ao mesmo tempo garantindo melhoria de qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, o manejo florestal talvez seja o mais rápido, e onde temos mais tecnologia, para oferecer na vertente da sustentabilidade. Para que isso ocorra, é preciso sufocar a ilegalidade”, afirmou.

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