06/2023

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Coalizão faz oito anos e dá contribuição para país liderar agenda agroambiental

Lideranças indicam que advocacy e busca por consenso sobre temas de interesse comum a diversos setores são fortalezas da atuação da rede

Rodrigo Castro, Joana Chiavari e Fabíola Zerbini. Fotos: Divulgação

A Coalizão Brasil completa oito anos este mês reunindo mais de 350 membros, entre organizações da sociedade civil, setores privado e financeiro e academia. Nesse marco, lideranças refletem sobre o histórico do movimento, o que faz dele um espaço relevante para a promoção da agenda agroambiental no país e o que precisa ser feito para avançar mais.

“Nos últimos oito anos, a Coalizão tem feito um acompanhamento atento e analítico sobre as mudanças na política, economia e sociedade brasileiras, problematizando essas mudanças e formulando propostas para ajudar os governos rumo à sustentabilidade dos setores de floresta e agropecuária no Brasil”, diz Joana Chiavari, membro do Grupo Estratégico (GE) da Coalizão e diretora associada do Climate Police Initiative (CPI/PUC-Rio).

Baseado na busca por pontos de concordância e consenso entre diferentes setores em torno de temas como uso da terra, clima e desenvolvimento sustentável, o movimento amadureceu desde sua fundação, avalia Fabíola Zerbini, que deixou este mês o Grupo Executivo (GX) da Coalizão para assumir uma posição no Ministério do Meio Ambiente. “O amadurecimento é um grande diferencial em um contexto de polarização acentuada que ainda enfrentamos no país”, explica.

A construção de consensos no ambiente político é uma das fortalezas destacadas por Rodrigo Castro, membro do GE e do GX e gerente nacional da Fundação Solidaridad: “A construção de soluções a partir da escuta ativa, do diálogo e da criação de consensos se tornou fundamental para contribuir com conhecimento técnico e especializado para munir os tomadores de decisão e garantir a governabilidade no país.”

Como perspectivas, os líderes entrevistados sugerem a inclusão, ao movimento, de mais segmentos da sociedade, como aqueles que representam a agricultura familiar e os povos indígenas. “A inclusão de atores ligados, por exemplo, a movimentos sociais, contribuiria ainda mais para compor um grande projeto de sociedade”, assinala Zerbini. Outro ponto a ser ainda mais reforçado, na opinião dos líderes, é a incidência de advocacy. “Diante do fato de que o país enfrenta o grande desafio de recuperar o seu protagonismo e reputação na agenda ambiental e climática internacional, a Coalizão tem muito a contribuir a partir da estruturação de uma estratégia robusta de advocacy para que propostas, informações e conhecimento relevantes possam influenciar a tomada de decisões em temas caros ao futuro do Brasil, como a implementação plena do Código Florestal, o combate ao desmatamento e o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono e da bioeconomia”, diz Castro.

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