Foto: Luana Maia
O Grupo Orientador (GO) da Coalizão Brasil reuniu-se, no dia 9 de fevereiro, para fazer um balanço do momento atual do movimento e avaliar em que direção ele deve seguir. Alguns membros observaram a necessidade de a Coalizão se adaptar à conjuntura política do momento e alinhar e pactuar as prioridades, entre elas a de ter a implementação da NDC como escopo de atuação. Essa análise crítica visa verificar se os objetivos e propostas estabelecidos quando da criação da Coalizão estão sendo atingidos. Por outro lado, este exercício não pretende engessar as agendas e os avanços já obtidos pelos Grupos de Trabalho (GTs). Outro ponto reforçado foi que a Coalizão seguirá promovendo o diálogo e a construção da relação de confiança entre os membros, de maneira a fortalecer sua capacidade de mobilização.
Esse foi o último encontro do GO em sua composição antiga, e tais reflexões serão levadas ao novo Grupo Estratégico da Coalizão (leia mais abaixo).
Foi destacado, ainda, que, em meio a muitos temas que demandam esforços maiores de diálogo, como no caso do licenciamento ambiental, o movimento deve seguir confiando em seu potencial de transformação. Um indício disso foi a reunião sobre esse tema realizada no dia 22 de fevereiro, com representantes de diferentes segmentos que se dispuseram a debater o assunto e elaborar um posicionamento da Coalizão compilando pontos de convergência entre os diversos membros do movimento.
Conforme definido no fim do ano passado, o GO, antes com 23 membros, passará a contar com menos integrantes e terá atribuições de caráter prático, atuando próximo à secretaria executiva. Foi mantida, porém, a representatividade de diferentes setores. Estão no novo GO: André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam); Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima; Carlos Roxo, membro do Comitê de Sustentabilidade da Fibria Celulose; Elizabeth Farina, diretora presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única); Fátima Cardoso, gerente para o Brasil da Solidaridad Netowrk; Valeria Militelli, diretora corporativa da Cargill; Luana Maia, secretária executiva da Coalizão; e Marcelo Furtado, diretor executivo do Instituto Arapyaú e atual facilitador do movimento. Não há suplentes.
A Coalizão passa a contar com outra instância de governança, denominada Grupo Estratégico (GE), também sem suplentes, cujo papel é o de estabelecer diretrizes e manter a coesão do movimento. Além de Marcelo Furtado, que também será facilitador do GE, o grupo será composto pelo principal executivo das seguintes empresas e organizações: Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Diálogo Florestal, Fibria Celulose, Fundação Renova, GP Leal, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Ethos, Ipam, Observatório do Clima, Sociedade Rural Brasileira (SRB), Solidaridad Network, Única, WRI e WWF. O climatologista Carlos Nobre integra o GT como representante do setor acadêmico. Tasso Azevedo, consultor e empreendedor socioambiental, também fará parte do GE. Ainda está para ser definido um representante do setor financeiro.