06/2022

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Ex-ministros do Meio Ambiente elogiam envolvimento e contribuições da Coalizão

Caráter inclusivo e apartidário do movimento permitiram diálogo com governos de diferentes orientações ideológicas; antigos titulares da pasta ambiental elogiam debates


Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Coalizão Brasil tem, desde sua fundação, trabalhado para contribuir com as pautas fundamentais ao desenvolvimento do país no setor de uso da terra e no enfrentamento às mudanças climáticas. E isso tem sido feito de diversas maneiras, como a construção de posicionamentos, estudos e muito diálogo e escuta de diversos setores, incluindo o governo.

De 2015 para cá, a Coalizão, seguindo sua característica de ser apartidária, buscou diálogo com todos os líderes e governos que estiveram à frente do país, fazendo sugestões, influenciando a criação de políticas públicas e colocando-se como um parceiro para a discussão e construção de uma agenda de desenvolvimento que possa unir conservação e produção. Em sete anos de história, o movimento conversou dezenas de vezes com deputados, senadores, governadores e ministros.

Para marcar o aniversário da Coalizão, dois importantes ministros que dialogaram com o movimento dão seu depoimento. Izabella Teixeira, que foi ministra do Meio Ambiente dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, de 2010 a 2016, época do surgimento da Coalizão, destaca as contribuições do movimento na construção da então meta climática (NDC) brasileira. José Sarney Filho, que esteve à frente da mesma pasta de 2016 a 2018, no governo Michel Temer, lembra que o movimento abraça uma agenda prioritária para o país e que se mostrou muito participativo junto à Frente Parlamentar Ambientalista.

Confira:

“O surgimento da Coalizão, em 2015, foi muito importante no âmbito da construção da NDC brasileira, da qual eu fazia parte da coordenação, porque contribuiu para o diálogo político decorrente da agenda de proteção e produção, por meio da aproximação das áreas ambiental e agrícola.

A Coalizão tem demonstrado um grande amadurecimento de sua posição para promover interlocução junto ao Congresso Nacional e aos poderes Executivo e Judiciário. Nesse sentido, me salta aos olhos como ela se adapta rapidamente ao diálogo de acordo os espaços que se abrem para a discussão do uso da terra e agenda climática, mantendo a robustez desse diálogo mesmo sob as diversas pressões existentes em relação a esses temas. A Coalizão se mantém firme a suas propostas, sem radicalismo, vendo que a construção de convergência é um elemento essencial do amadurecimento e permite que andemos para frente.

Desde o início a Coalizão age balizada pela ciência e promove a inclusão política de uma grande diversidade de atores. É, sem dúvida, uma importante voz de bom senso.”

Izabella Teixeira foi ministra do Meio Ambiente (março de 2010 a maio de 2016). Atualmente é copresidente do International Resource Panel da Organização das Nações Unidas (ONU), fellow do Instituto Arapyaú e sênior fellow de Mudança do Clima e Uso do Solo do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).

“Acompanhei com entusiasmo, como congressista, o surgimento da Coalizão, que logo se mostrou participativa junto à Frente Parlamentar Ambientalista. Em minha gestão no Ministério do Meio Ambiente, contamos com sua presença constante, qualificando os debates de questões florestais, climáticas e sobre sustentabilidade na agropecuária, com destaque para os eventos conjuntos nas Conferências do Clima das Nações Unidas. O Brasil precisa de exemplos como esse, de trabalho sério, diálogo e busca por convergência, onde hoje impera descaso, conflito e destruição.

Saúdo a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura pelos seus sete anos de existência. A entidade abraça uma agenda prioritária para o país, com um formato inclusivo, que reúne atores dos diversos setores envolvidos, de forma a construir propostas de consenso em torno de perspectivas socioambientais comuns. Mostra, assim, como preservação e produção não são incompatíveis como alguns arautos do retrocesso tentam fazer crer, muito pelo contrário, são estreitamente ligadas.”

José Sarney Filho, secretário de estado do Meio Ambiente do Distrito Federal e ex-ministro do Meio Ambiente (maio de 2016 a abril de 2018) 

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