06/2020

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Fóruns de Diálogo apresentam balanço do primeiro semestre de 2020 em vídeos e debate na Plenária

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Da esquerda para direita de cima para baixo: Fórum Agropecuária e Silvicultura (Ivone Namikawa, da Klabin, e Eduardo Bastos, da Bayer), Fórum de Floresta Nativa (Eduardo Roxo, da Atina; Ana Bastos, da Amata; Milena Ribeiro, da TNC), Fórum de Desmatamento (Túlio Dias Brito, da Agropalma; Paulo Moutinho, do Ipam; Fabíola Zerbini, da TFA) e Fórum de Políticas Públicas e Instrumentos Econômicos (Kalil Cury, da Partner Desenvolvimento, e Andreia Bonzo, da Pinheiro Neto Advogados).

Os quatro Fóruns de Diálogo da Coalizão Brasil – DesmatamentoPolíticas Públicas e Instrumentos EconômicosAgropecuária e Silvicultura, e Floresta Nativa – fizeram um balanço do primeiro semestre de 2020 durante a Primeira Plenária do ano da Coalizão, realizada no dia 8 de junho, no formato on-line. Cada fórum apresentou um vídeo sobre sua atuação e avanços, e os líderes falaram sobre desafios e principais encaminhamentos. O debate com os líderes foi conduzido por Laura Lamonica, coordenadora de Relações Institucionais da Coalizão.

Os fóruns lideram, atualmente, 14 forças-tarefa (FT), instância de governança da Coalizão que tem reunido mais de 240 participantes, em debates mais frequentes, com foco em temas específicos. Em 2020, os fóruns e FTs realizaram 83 reuniões, calls e webinars. A primeira reunião-geral de cada um dos fóruns aconteceu em março deste ano, com cerca de 46 participantes e 33 organizações por reunião. Foram, no total, 114 participantes de 68 organizações (das quais 38% da sociedade civil, 36% do setor privado, 12% da academia e 14% outros).

A próxima rodada de reuniões está prevista para junho: Agropecuária e Silvicultura – 24 de junho, das 10h às 12h; Floresta Nativa – 24 de junho, das 14h às 16h; Políticas Públicas e Instrumentos Econômicos – 25 de junho, das 14h às 16h; Desmatamento – 30 de junho, das 14h às 16h. Faça sua inscrição aqui 

Veja a seguir o balanço realizado por cada um dos fóruns:

Fórum de Diálogo Desmatamento

O Fórum de Desmatamento foi representado pelos líderes Fabíola Zerbini, coordenadora regional da América Latina da TFA; Paulo Moutinho, pesquisador sênior do Ipam; e Túlio Dias Brito, gerente de Responsabilidade Socioambiental Corporativa da Agropalma.

Combater a ilegalidade é a prioridade deste Fórum. Para isso, ter mais clareza e acesso a dados para tomada de decisão, promover cadeias livres de desmatamento e rastrear a produção de carne são ações-chave.

Após a exibição de um vídeo sobre os avanços do trabalho do Fórum de Desmatamento em 2020, Zerbini ressaltou a necessidade de somar os esforços dos integrantes do fórum aos de atores públicos e privados, nacionais e internacionais, para trazer apoio e trilhar caminhos para o combate à ilegalidade e ao desmatamento. Essa seria uma próxima etapa a ser realizada, sob a liderança da Coalizão.

Brito ressaltou a complexidade da questão do desmatamento, reforçando que é preciso contribuir para que mecanismos de coerção sejam implementados. “Muito difícil que a sociedade se autorregule de forma 100% voluntária. É um problema muito complexo e precisamos atuar em diversas frentes”, disse.

Moutinho finalizou a apresentação do Fórum lembrando a importância da destinação das florestas públicas ainda não destinadas. “Essas áreas são as que mais sofrem com desmatamento e queimada. Se não forem destinadas, o desmatamento será grande nos próximos anos. Esse problema, aliado ao da Covid-19, será desastroso para a região amazônica”, afirmou. “Por isso precisamos, como Coalizão, continuar com o diálogo com o poder público e na sensibilização junto aos ministérios públicos.”

Assista aqui ao vídeo sobre o Fórum Desmatamento


Fórum de Diálogo Políticas Públicas e Instrumentos Econômicos

O Fórum de Políticas Públicas e Instrumentos Econômicos teve a apresentação dos líderes Kalil Cury, sócio-fundador da Partner Desenvolvimento, e de Andreia Bonzo, advogada associada sênior da Pinheiro Neto Advogados.

Propor ou reagir a propostas de políticas e instrumentos é a base deste fórum, que abrange temas como pagamentos por serviços ambientais, regularização fundiária, ordenamento territorial, mercado de carbono e estratégia internacional.

Após a apresentação do vídeo sobre os encaminhamentos do ano, Cury falou de dois grandes desafios do Fórum – a atuação transversal com os demais fóruns e a criação das FTs. “Posto isso, agradeço o apoio dos fóruns, das lideranças e da coordenação da Coalizão. E destaco a eficiência das FTs, com lideranças jovens e dinâmicas, que têm trazido bons resultados”, afirmou. “Acrescento ainda a esses desafios os efeitos da pandemia, que trouxe mais luz aos problemas sociais e econômicos que já enfrentamos, mas também nos mostrou cooperação e solidariedade, o que nos dá foco para trazer soluções para a Amazônia, para a agenda climática e para a imagem internacional do Brasil”, completou.

Bonzo falou sobre as cinco FTs criadas recentemente – Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), Mercado de Carbono, Monitoramento e Ordenamento Territorial, Regularização Fundiária e Estratégia Internacional – e os trabalhos e acompanhamentos feitos em cada um deles, lembrando a importância de sempre buscar decisões pautadas em ciência.

Assista aqui ao vídeo sobre o Fórum Políticas Públicas e Instrumentos Econômicos

Fórum de Diálogo Agropecuária e Silvicultura

Produzir mais e melhor é o grande objetivo deste Fórum. Para isso, a Coalizão tem buscado aprimorar o modelo do crédito rural, a partir de atributos ambientais, e se aprofundar no debate das finanças verdes.

Ivone Namikawa, coordenadora de sustentabilidade florestal da Klabin, e Eduardo Bastos, diretor de sustentabilidade América Latina da Bayer, foram os líderes que apresentaram o Fórum Agropecuária e Silvicultura, após a exibição do vídeo com o resumo dos encaminhamentos do ano.

Bastos ressaltou a importância da articulação com diferentes atores feita pela Coalizão. “Agradeço e parabenizo especialmente a relação firmada pelo movimento com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com o Ministério da Economia, que estão sempre de portas abertas para nos ouvir a fim de construir políticas públicas mais favoráveis para o País”, disse.

“Quando falamos de crédito rural, adequação ao Código Florestal e finanças verdes, estamos tratando do uso adequado do solo, por meio do planejamento adequado das paisagens com proteção das florestas, conservação dos remanescentes e restauração. Tudo isso, nós articulamos com outros fóruns e FTs, e nos permite proteger não apenas florestas e biodiversidade, mas outros fatores intrínsecos importantes, como solo, carbono e produtos não madeireiros, que ganham cada vez mais importância”, disse Namikawa.

Assista aqui ao vídeo sobre o Fórum Agropecuária e Silvicultura

Fórum de Diálogo Floresta Nativa

Para demonstrar o valor da floresta em pé, esse Fórum tem atuado com a silvicultura de espécies nativas, monitoramento da restauração em nível de paisagem, concessões florestais e bioeconomia.

O Fórum de Floresta Nativa foi representado por Milena Ribeiro, especialista em geoprocessamento da TNC, Ana Bastos, CEO da Amata, e Eduardo Roxo, cofundador e sócio da Atina. Após apresentação do vídeo mostrando o resumo dos trabalhos neste ano, Ribeiro citou os resultados da FT Monitoramento da Restauração e Reflorestamento, que tem trabalhado em uma plataforma para embasar o desempenho do Brasil em compromissos internacionais sobre esse tema.

A primeira parte – de criação do banco de dados, coleta e organização das informações – já está bastante adiantada. A previsão é que a plataforma seja lançada ainda ao final deste ano. Bastos ressaltou a transversalidade deste fórum com os demais, e Roxo destacou o início dos trabalhos da FT de Bioeconomia, que tem abordado a importância de dados e informações de qualidade para melhor compreensão sobre o valor da floresta.

Assista aqui ao vídeo sobre o Fórum Floresta Nativa

Assista ao vídeo completo da Plenária aqui.

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