Foto: Luana Maia
No dia 16 de setembro, a Coalizão Brasil reuniu-se, em São Paulo (SP), com Adnan Demachki, secretário de Desenvolvimento Econômico do Pará, e Justiniano Netto, secretário do Programa Municípios Verdes do Pará, para discutir o programa de desmatamento líquido zero até 2020 daquele estado e identificar pontos em comum nas agendas. A Coalizão também apresentou as propostas do movimento.
“A reunião foi produtiva. Há uma identidade de propostas muito grande, e a possibilidade de troca de experiências de agora em diante é fantástica”, avaliou Netto, que afirmou que o Pará quer mudar seu modelo de produção para um de baixo carbono, que resulte em mais progresso social. Após conhecer as propostas e atuação da Coalizão, o secretário apontou como principais temasde sinergia e possíveis cooperação com a Coalizão a regulamentação das CRAs (Cotas de Reserva Ambiental – títulos que representam uma área de cobertura vegetação natural em uma propriedade que podem ser usados para compensar a falta de Reserva Legal em uma outra), o financiamento da agenda do clima por parte de instituições privadas e a importância das compras sustentáveis por empresas.
A propostado encontro partiu do Imazon. Segundo Brenda Britto, pesquisadora associada do instituto, há metas em comum entre a Coalizão e os planos recentes de desenvolvimento sustentável do governo paraense. “Esse é o caso da estratégia de desmatamento líquido zero no estado a partir de 2020, que está sendo elaborada com apoio do Imazon. Avaliamos que seria importante fazer a aproximação para mostrar o que está sendo pensado no estado e identificar pontos de sinergia”, disse ela, lembrando que o encontro ajudou a identificar as potenciais colaborações entre o estado e as organizações que atuam no Pará em torno de temas como manejo sustentável, agricultura de baixo carbono e REDD+.
Outro exemplo de convergênciadas agendas está no programa Pará 2030, um planejamento estratégico estadual para a área econômica, para os próximos quinze anos, lançado há cerca de dois meses e que pressupõe o fomento a mais de dez cadeias econômicas. “Queremos desenvolvê-las de forma sustentável e crescer em torno de 5% em média ao ano, nos próximos quinze anos, para que possamos chegar a 2030 com a mesma renda per capita da média nacional. Hoje, a renda per capita do Pará é de pouco mais da metade da nacional”, afirmou o secretário Demachki.