09/2016

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Coalizão celebra ratificação de Acordo do Clima e reforça compromisso com sua implementação

São Paulo, 12 de setembro de 2016 – Com a ratificação do Acordo do Clima pelo presidente Michel Temer nesta segunda-feira, o Brasil concretiza um passo fundamental rumo à chamada economia de baixo carbono. Desde que o Acordo foi aberto para assinatura em 22 de abril, 27 dos 195 países signatários depositaram seus instrumentos de ratificação na ONU, totalizando 39,08% das emissões mundiais. China e Estados Unidos, os dois maiores emissores do mundo, ratificaram no dia 3 de setembro. As emissões brasileiras representam cerca de 2,5% do total. O documento do Brasil será enviado para ONU, seguindo o processo formal de adesão ao acordo.

A cerimônia acontece a partir de 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília, e contará com a presença de vários representantes da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. “Celebramos esse momento, que marca a transformação de intenções em compromissos legais, e, mais uma vez, colocamos à disposição da sociedade brasileira nossa força mobilizadora, a fim de contribuir com a ampliação da competitividade do Brasil em uma nova economia global, cujo estabelecimento é essencial para a mudança do clima e garantia de um desenvolvimento justo e sustentável”, ressalta Marcelo Furtado, facilitador da Coalizão.

Luiz Cornacchioni, diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), salienta que os setores florestal e agropecuário do país formam o pilar principal para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. “Estamos entre os maiores produtores de alimentos, fibras e energias renováveis do planeta ao mesmo tempo em que mantemos quase dois terços do país coberto por florestas e vegetação nativas, além disso, a constante intensificação e aprimoramento de nossas atividade agropecuária — com adoção de tecnologias e boas práticas — contribuirá de forma decisiva para o alcance das metas climáticas estabelecidas no Acordo.”

Sobre o manejo adequado de baixo impacto das florestas nativas brasileiras, Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal, destaca que a implantação de um mercado de produtos florestais totalmente legal e certificado se alinha às contribuições do Brasil para o enfrentamento das mudanças do clima. “A proteção e o uso sustentável das florestas abrem portas para atividades econômicas que têm o meio ambiente e o homem interagindo de forma equilibrada.”

Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), frisa a necessidade de zerar o desmatamento ilegal no país: “Temos a oportunidade de eliminar essa que é a principal fonte de emissão de GEE do Brasil, ao mesmo tempo em que aumentamos nossos estoques de carbono, por meio da restauração de áreas degradadas e da expansão das florestas plantadas”.

A publicação Pós-Acordo de Paris: Caminho para Implementação da Economia de Baixo Carbono elenca propostas elaboradas pelos grupos de trabalho da Coalizão. Colocadas em prática, elas ajudam a conter a emissão de GEE e a limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C em relação aos níveis da era pré-industrial, como prevê o Acordo de Paris. Além disso, são economicamente rentáveis e socialmente inclusivas.

Sobre a Coalizão Brasil
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial, que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 140 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil – coalizaobr.com.br.

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