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No dia 20 de julho, a Câmara Temática (CT) de Florestas, Biodiversidade, Agricultura e Pecuária do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) realizou sua quarta reunião de trabalho.
Um dos objetivos do encontro era analisar os documentos gerados pela CT até o momento, seu programa de trabalho e o mapeamento dos estudos já existentes sobre medidas para viabilizar a implementação da NDC brasileira. Os resultados dessa colheita passarão por um filtro para, a partir dele, definir quais estudos serão a base para as análises de cenários da NDC. O documento final desse trabalho, que será entregue em outubro, trará sugestões de planos e ações visando a implementação das metas da NDC relacionadas a desmatamento, restauração e reflorestamento, agricultura de baixo carbono, bioenergia e biocombustíveis.
Foram debatidas também propostas em curso no Congresso que vão no sentido contrário à proteção das florestas e mitigação de gases de efeito estufa. O contexto atual é de aumento de desmatamento e desmanche de políticas públicas. A NDC brasileira corre risco de não ser cumprida, devido ao aumento do desmatamento. O grupo acredita que essa conjuntura precisa ser levada em conta no planejamento de seus trabalhos, mas, ao mesmo tempo, não deve impedir ambições de longo prazo da CT.
A liderança da CT é compartilhada pela Coalizão, Embrapa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No entanto, o representante do MAPA que atuava na CT saiu do Governo e, enquanto não houver um novo nome do Ministério participando, há o risco de um distanciamento entre o trabalho da câmara e a agenda do setor empresarial. “A ausência do MAPA pode fazer com a CT diminua seu vínculo com o agronegócio. Atualmente, a maior parte dela é composta pela sociedade civil”, comentou Luana Maia, coordenadora executiva da Coalizão.