Os frutos da retomada verde

Os debates sobre como será a retomada econômica do Brasil no pós-pandemia se aproximam cada vez mais do enfrentamento aos desafios sociais e ambientais do país.

O estudo lançado recentemente pelo WRI Brasil e New Climate Economy com pesquisadores parceiros mostra que a opção por uma retomada verde traz muitos benefícios, com aumento no número de empregos, da produtividade agrícola e da restauração de pastagens degradadas. “Agora conseguimos conversar com instituições financeiras, empresariado e estamos chegando perto do mainstream. As questões climáticas e a economia de baixo carbono deixaram de ser algo de nicho, de quem não entende de economia e finanças. Essa é a transformação. São os bancos e o setor corporativo que farão migrar a nova economia para o mainstream. E aí estará feito”, afirmou Carolina Genin, diretora do programa de Clima do WRI Brasil e uma das autoras do estudo, em entrevista a este boletim.

Mas, antes de uma retomada verde, o país enfrenta o desafio urgente de conter os danos de uma reputação internacional abalada. Por isso, a Coalizão deu início a uma série de webinares, com a Fundação Dom Cabral, Abag e Ibá, para debater a imagem do Brasil no mundo, começando pelo o que está em jogo no Acordo Mercosul-União Europeia e a entrada na OCDE.

Atentos à necessidade de fortalecer o advocacy do movimento, líderes dos Fóruns de Diálogo e das Forças-Tarefa fizeram a segunda imersão do ano neste mês e conversaram com Mônica Sodré, diretora executiva da RAPS, sobre como as duas entidades podem trabalhar juntas o diálogo no Congresso.

O movimento participou ainda da elaboração do guia “10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável”, lançado neste mês de agosto pela iniciativa Amazônia Possível. A publicação, resultado de uma construção coletiva, oferece um norte para que empreendimentos e corporações que desejam atuar ou já operam na região possam fazê-lo de forma responsável e sustentável.

Boa leitura!