Série “Rostos da Amazônia” mostra relação de diferentes profissionais e populações locais com a floresta e a economia sustentável
Fotos: Reprodução
A silvicultura de espécies nativas é uma atividade que envolve pessoas de diferentes profissões, habilidades e trajetórias e sua relação com a floresta. Para trazer um pouco desses diferentes olhares, o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Silvicultura de Espécies Nativas (PP&D-SEN) produziu vídeos, publicados nas redes sociais da Coalizão Brasil, apresentando quatro pessoas que representam os diferentes elos da cadeia.
Conheça esses perfis:
Adeilson da Silva: trabalhador rural, Silva atua no plantio de mudas de espécies nativas em uma área de pesquisa. Além de aumentar sua renda, ele reconhece o valor em seu trabalho e em recuperar florestas para as próximas gerações.
Raquel Jacobsen: filha de produtores rurais, Jacobsen cresceu vendo a floresta amazônica sendo destruída. Hoje engenheira florestal, ela coordena um viveiro de mudas de árvores de espécies nativas do bioma e conta como seu trabalho contribui para fazer o mundo melhor.
Celso Ceccatto: o pecuarista chegou em Rondônia em 1983 e viu a paisagem mudar ao longo de 40 anos, incluindo o desaparecimento de nascentes em suas propriedades. Para manter sua atividade produtiva, decidiu restaurar 17 hectares de suas terras e recuperou dois quilômetros de vegetação às margens de 12 nascentes.
Adilson Pepino: há três décadas o consultor florestal trabalha com restauração de florestas. Atualmente à frente do projeto Beija-flor da Amazônia, que promove recomposição florestal, Pepino fala da importância da silvicultura de espécies nativas para prover madeira para as necessidades humanas, para conservar a biodiversidade e para garantir água para gerações futuras.
Os vídeos com Pepino, Ceccatto, Jacobsen e Silva compõem a série “Rostos da Amazônia”, estão disponíveis nas redes sociais da Coalizão e podem ser acessados a partir da página do Programa de Silvicultura de Nativas, no site da rede.
As entrevistas foram gravadas entre abril e maio em Rondônia, durante visita dos membros do PP&D-SEN ao sítio de pesquisas do Centro de Estudos Rioterra, parceiro do programa, em Porto Velho, e a iniciativas de restauração florestal sediadas em cidades vizinhas. Os especialistas foram acompanhados por uma equipe de filmagem da Api Comunicação, liderada pelo produtor e diretor da agência, Saulo Frauches.
“Contar essas histórias com um olhar sobre as pessoas não é diminuir o peso de anos de estudos e técnicas que estão implícitas nas imagens que registramos. É mostrar que nenhuma técnica sozinha adianta se não houver pessoas motivadas por causas, aquela sensação boa de deixar um legado e inspirar outros”, afirma Frauches.
O PP&D-SEN foi lançado pela Coalizão em 2021, com apoio do WRI Brasil e outras instituições parceiras, com o objetivo de impulsionar pesquisa e tecnologia necessárias para o setor. Está prevista a implementação de uma rede de 20 sítios de estudo na Amazônia e na Mata Atlântica, com espécies já mapeadas segundo seu potencial econômico.
Em 2023, o programa recebeu aporte de US$ 2,5 milhões do Bezos Earth Fund para implantação de sítios de pesquisa e estudos em polos de referência.