Nº 81
09/2023

Tempo de leitura: 3 minutos

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Benefícios da restauração florestal para o Brasil são discutidos em painel na Climate Week

Evento abordará papel da natureza em negócios mundiais dedicados ao enfrentamento da crise climática

Crédito: Joana Oliveira/WRI Brasil – Restauração florestal em Juruti/PA

O potencial de restauração florestal pode gerar até 2,5 milhões de postos de trabalho e US$ 1,4 trilhão ao ano para a produção agrícola no mundo, de acordo com estudos da ONU, além de atenuar os efeitos das mudanças climáticas. Trata-se de um mercado em ascensão na comunidade internacional e onde o Brasil, que abriga a Amazônia, maior floresta tropical do planeta, terá papel promissor. O tema será explorado pelo painel “Negócios para a Natureza”, organizado pela Coalizão Brasil na Climate Week de Nova York, ao lado da re.green e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). O evento será realizado no dia 19 de setembro às 8h (9h no horário de Brasília), no Yale Club, e terá transmissão ao vivo com tradução simultânea no canal do YouTube da Coalizão.

A Climate Week NYC, que acontecerá entre 17 e 24 de setembro, é um dos maiores encontros anuais sobre clima, com cerca de 400 eventos e atividades em toda a cidade de Nova York. A semana climática, realizada desde 2009, ocorre em paralelo à Assembleia Geral da ONU, reunindo líderes empresariais e representantes da sociedade civil de todo o mundo.

Nos últimos anos, a Climate Week tem sido palco de uma receptividade crescente do setor privado à economia verde, sinalizando um aumento de investimentos em soluções baseadas na natureza contra a crise climática. Este conjunto abrange medidas como a redução do desmatamento, o fomento à agricultura de baixo carbono e a restauração em larga escala.

“Precisamos fomentar o diálogo entre setor privado, organizações da sociedade civil e governos para impulsionar a agenda da restauração a nível global. As ONGs têm uma extensa bagagem intelectual e experiência em campo. O poder público pode criar políticas que aumentem a atratividade econômica para o setor, como a proposição de incentivos fiscais. Empresas e bancos, por sua vez, estão dispostos a investir recursos em restauro e reflorestamento. Estas atividades geram emprego e renda e dão uma contribuição fundamental para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas”, avalia Renata Piazzon, cofacilitadora da Coalizão, que fará a abertura do painel ao lado da presidente do CEBDS, Marina Grossi.

O painel terá a participação de Marcelo Behar, vice-presidente de Sustentabilidade da Natura &Co; Catherine Martini, senior project management de Carbon Removal da Microsoft; Mariana Sarmiento, CEO da Terrasos; e Bernardo Strassburg, fundador e cientista chefe da re.green. A moderação será de Vijay Vaitheeswaran, editor do jornal The Economist.

Após o debate, Thiago Picolo, CEO da re.green, entrevistará Helder Barbalho, governador do Pará, estado que receberá, em 2025, a Conferência do Clima da ONU (COP 30). O encontro celebrará o décimo aniversário do Acordo de Paris, o maior tratado mundial já assinado sobre as mudanças climáticas.

Saiba mais sobre o painel da Coalizão aqui.

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