COP 21: em meio ao ruído, o sinal é claro

A primeira semana da COP 21 terminou e Christiana Figueres, secretária executiva da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima), acredita num cenário inspirador. Para ela, há um evidente e irreversível movimento em direção à economia de baixo carbono. A declaração foi feita durante reunião do Executive Secretary’s Paris Dialogue, na manhã da sexta-feira (4/12), pouco antes da divulgação do primeiro rascunho do Acordo de Paris. Ele está com 38 páginas, 15 a menos do que o texto da rodada final de Bonn.

As negociações são difíceis, mas avançam. O maior obstáculo é o “medo político do desconhecido”, nas palavras de Figueres. Não há clareza de como o cenário econômico funcionará num ambiente onde a “economia do carbono” terá papel preponderante. O setor privado passa a ter papel determinante. Não apenas enfrentando o dilema moral das externalidades, mas liderando as oportunidades que o novo jogo oferece. A inclusão social e ambiental é inexorável. O barulho é confuso, mas o sinal é claro, afirmou a secretária. O setor privado e a comunidade de investidores já leu o sinal. Para esses atores, ele basta. “We created a dream that is very powerfull. Now we need to create the reality”, disse Christiana, citando Golda Meir. Os próximos cinco anos serão determinantes.