10/2022

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Coalizão Brasil debate a Amazônia na Climate Week NYC

Rachel Biderman, cofacilitadora do movimento, destacou a importância do combate ao crime organizado na região e pediu que os investidores não ignorem comunidades locais

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Foto: Mariana Barbosa/re.green

Em setembro, a Coalizão Brasil participou da Climate Week em Nova York em duas conferências, dedicadas, respectivamente, à Amazônia e ao mercado de carbono. A semana, organizada pelo Climate Group e pelas Nações Unidas em parceria com a cidade de Nova York, reuniu ambientalistas, empresários e líderes de todo o mundo entre os dias 19 e 25 de setembro para discutir práticas, metas e perspectivas no combate às mudanças climáticas.

A necessidade de manter a agenda climática no centro da pauta geopolítica permeou os diversos painéis realizados ao longo da semana, que é vista como uma prévia para as negociações da 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que acontecerá em novembro no Egito.

No dia 20, as relações entre as ameaças que degradam a maior floresta tropical do mundo, a fragilidade das políticas de comando e controle, as irregularidades que dificultam o desenvolvimento sustentável da região e a importância do bioma para a contenção das mudanças climáticas pautaram a conferência “Amazônia: desafios e oportunidades como solução climática para o Brasil”.

A discussão foi moderada pelo CEO da CBKK, Marcello Brito, e teve a participação da cofacilitadora da Coalizão, Rachel Biderman; do cofundador da iniciativa Uma Conservação pela Amazônia, Roberto Waack; do co-CEO da re.green, Bernardo Strassburg; e da presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi.

Os palestrantes ressaltaram o potencial competitivo que a biodiversidade amazônica representa e as dificuldades enfrentadas para manter a floresta de pé. Concordaram que as soluções só serão efetivas se partirem de articulações coletivas dos âmbitos público, privado e do terceiro setor pela conservação e desenvolvimento da Amazônia a longo prazo.

Em sua fala, Biderman destacou a importância da coordenação de esforços e do policiamento contra o crime organizado que atua na região, sobretudo com garimpo e desmatamento ilegais, grilagem, tráfico de espécies silvestres, cartéis de drogas e invasão de áreas de preservação e de terras indígenas. Biderman também pediu para que os investidores não ignorem o contexto das comunidades e demais agentes locais no que diz respeito às exigências burocráticas para a implementação de projetos.

A cofacilitadora da Coalizão ressaltou ainda a situação precária de grande parte das 40 milhões de pessoas que vivem no território amazônico nos nove países com presença do bioma:

“É preciso pensar nas pessoas, a maioria delas é muito pobre. Temos que lutar contra a miséria, criando condições e alternativas porque, quando faltar comida em suas mesas, muitas não terão alternativa a não ser entrar no mundo do crime para conseguir sustentar suas famílias.”

Confira a mesa completa aqui.

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