08/2023

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Agro e setor financeiro reforçam presença na governança da Coalizão

Luciana Nicola, do Itaú Unibanco, e Fernando Sampaio, da Abiec, são os novos membros do Grupo Estratégico, que cuida das diretrizes do movimento; João Adrien, do Itaú BBA, passa a integrar o Grupo Executivo

Luciana Nicola e Fernando Sampaio, novos membros do GE, e João Adrien, do GX. Fotos: Divulgação

Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, e Fernando Sampaio, diretor de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), são os mais novos membros do Grupo Estratégico (GE) da Coalizão Brasil. Já João Adrien, head de Estratégia ESG da Diretoria de Agronegócio do Itaú BBA, integra agora o Grupo Executivo (GX) da rede.

Com isso, a governança multissetorial da Coalizão é reforçada com a presença de novos representantes dos setores agro e financeiro nas principais instâncias decisórias do movimento.

O GE é a maior instância de governança da Coalizão, sendo responsável pelas diretrizes e coesão do movimento, além da aprovação de suas manifestações públicas. O processo consultivo que resultou no convite a Nicola e Sampaio foi, pela primeira vez, aberto a todos os membros da rede, que puderam enviar suas indicações na segunda semana de junho.

Antes disso, a Coalizão promoveu, no dia 1º de junho, o seu 1º Encontro de Membros, um call onde a Coordenação Executiva, os cofacilitadores e o Comitê Governança tiraram dúvida sobre a estrutura do movimento. Saiba mais sobre o encontro aqui.

O GX, por sua vez, atua mais próximo à Coordenação Executiva e trata da implementação das decisões do GE em nível operacional, assim como da aprovação de materiais técnicos da Coalizão.

Novos nomes no GE

Luciana Nicola é bacharel em Direito e pós-graduada em Semiótica da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em Liderança e Gestão Pública pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com módulo concluído da Universidade de Harvard. Recentemente, atuou na iniciativa Todos Pela Saúde, na organização do Plano Amazônia, que une os três maiores bancos privados do país. Ocupou diversos cargos no Grupo Itaú Unibanco até assumir, no ano passado, a diretoria de Relações Institucionais e Sustentabilidade. É também membro do conselho administrativo do Pacto Global da ONU no Brasil.

“Esperamos, ao lado de representantes de outros setores, contribuir para a discussão da agenda ESG no âmbito da pauta de finanças sustentáveis. Trata-se de um tema de fundamental importância para o banco (Itaú Unibanco), pois estamos apoiando os nossos clientes em suas jornadas de descarbonização”, avalia Nicola.

Já o agrônomo Fernando Sampaio atuou no mercado internacional de carnes. Foi um dos fundadores do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) e assumiu este ano a diretoria de Sustentabilidade da Abiec, associação onde já havia atuado entre 2010 e 2016.

Na Coalizão, além de integrar o GE, Sampaio também é colíder da Força-Tarefa (FT) Rastreabilidade e Transparência. O tema é um dos principais desafios da cadeia da carne.

Para o diretor da Abiec, o Brasil se depara com desafios crescentes em temas como desmatamento e regularização fundiária. “Quanto mais complexa é uma situação, mais precisamos de redes de inteligência assumindo a liderança. Enxergo a Coalizão dessa forma, com um papel importante em definir propostas para endereçar os desafios que temos. Não só propor, como levá-las adiante e fazê-las acontecer.”

Reforço no GX

O economista e produtor rural João Adrien já participou da Coalizão no início da rede, em 2015, representando a Sociedade Rural Brasileira (SRB). Também atuou no Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (Mapa) e, este ano, assumiu sua posição no Itaú BBA. Adrien, que também é colíder da FT Código Florestal, destaca que a Coalizão tem papel importante para articulação de diferentes setores do poder público:

“O governo tem uma frente muito ampla, de representação de várias pautas que podem ser conflitantes e divergentes se não forem bem coordenadas. A Coalizão pode ser o espaço para distensionar e reduzir conflitos e construir agendas consensuadas. Se não tivermos um ambiente para integrar opiniões divergentes e fazer mediação, não vamos conseguir construir uma agenda perene.”

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