03/2023

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Coalizão participa de encontro com enviado para o clima dos Estados Unidos

John Kerry defendeu captação de verbas para o Fundo Amazônia entre empresas e bancos multilaterais

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Foto: Divulgação/USAID

Em encontro em Brasília com sete organizações da sociedade civil, entre elas a Coalizão Brasil, John Kerry, enviado para o clima dos Estados Unidos, reconheceu dificuldades em conseguir doações de grandes investimentos para o Fundo Amazônia. Segundo ele, a definição do valor por parte do governo de seu país depende de discussões no Congresso norte-americano. Ainda assim, se comprometeu a se empenhar em captar verbas junto a empresas e bancos multilaterais.

“Kerry afirmou que o Congresso dos Estados Unidos está muito polarizado, o que dificulta a vinda de recursos. Questionamos sobre a possibilidade de uma relação entre o Legislativo brasileiro e o norte-americano que pudesse facilitar a definição de investimentos, mas, segundo ele, infelizmente não haveria uma grande adesão, principalmente entre parlamentares republicanos. Por isso ele considera fundamental que a mobilização por verbas tenha o engajamento do setor privado e de bancos multilaterais”, explicou Renata Piazzon, diretora do Instituto Arapyaú e cofacilitadora da Coalizão, que esteve presente ao encontro, realizado no dia 28 de fevereiro.

Piazzon havia pedido a Kerry que a Casa Branca se comprometesse com uma doação de ao menos US$ 1 bilhão para o Fundo Amazônia, já que ele havia anunciado anteriormente a destinação, por parte do governo norte-americano, de um financiamento à preservação da floresta. “Os Estados Unidos devem apresentar-se como um ator de peso para a vitalidade do Fundo Amazônia, garantindo um fluxo rápido de recursos para novos projetos e para os que estão com reservas congeladas. O governo norte-americano também pode ajudar o Brasil a pressionar os financiadores de atividades ilegais na floresta amazônica, como o garimpo e o corte de madeira”, disse.

O encontro foi realizado na sede da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Brasília e teve a participação, além de Piazzon, de representantes de outras seis organizações da sociedade civil: Conselho Indígena de Roraima, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Observatório do Clima, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Instituto Talanoa e Instituto Igarapé – os três últimos são membros da Coalizão.

As iniciativas defenderam, também, a revisão da meta climática brasileira, assistência técnica a produtores rurais e a necessidade de cuidados para a regulação do mercado de carbono em Terras Indígenas.

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