11/2024

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Coalizão contribui para o lançamento de nova versão do Planaveg

Plano mantém a meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030 e introduz estratégias para ampliar o financiamento

Planaveg vai nortear ações relacionadas à restauração entre 2025 e 2028. Foto: Pedro Carrilho/Shutterstock

O governo brasileiro lançou a nova versão do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que abrangerá o período de 2025 a 2028, em evento realizado na Conferência de Biodiversidade da ONU (COP 16). A Coalizão Brasil foi uma das coorganizadoras do lançamento.

O movimento também havia enviado suas contribuições para o novo plano durante a etapa de consulta pública, em setembro. Participou, assim, de todo o processo de revisão e lançamento do Planaveg.

O “Planaveg 2.0” mantém a meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Como novidade, traz quatro estratégias transversais combinadas com arranjos de implementação. As estratégias se referem a: fortalecimento da cadeia da restauração; financiamento para recuperação da vegetação nativa; monitoramento e inteligência espacial; e pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A avaliação feita por líderes da Força-Tarefa Restauração da Coalizão é positiva e vários pontos das contribuições enviadas pela rede foram contemplados, destacam.

“A nova versão é inovadora. Traz quatro pilares que, se forem colocados em prática, poderão ajudar muito a dar escala à restauração e atingir a meta de 12 milhões de hectares”, afirma Rubens Benini, colíder da FT e membro do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que participou do evento em Cali. “O Planaveg traz, também, um capítulo muito importante sobre governança, que coloca a sociedade civil como uma das protagonistas para aterrissar o plano”, destaca Benini.

A governança proposta no novo plano é elogiada por Laura Antoniazzi, colíder da mesma FT. Segundo ela, essa frente dá destaque para os coletivos dos biomas envolvidos com restauração.

“O plano prevê uma articulação de implementação envolvendo coletivos, estados e outras organizações. Ainda não sabemos como será operacionalizado, mas ter uma governança mais robusta para fazê-lo acontecer é um aspecto inovador e interessante”, diz Antoniazzi.

A colíder da FT, que também é sócia e pesquisadora sênior da Agroicone, destaca outros pontos das contribuições enviadas pela Coalizão que estão contemplados no novo Planaveg. Entre eles está a importância de considerar a restauração como uma cadeia produtiva e pensá-la de forma coordenada, de ponta a ponta – desde a coleta de sementes e produção de mudas até a execução da restauração e assistência técnica. Outro pilar é o monitoramento e inteligência territorial, com o qual a Coalizão pode participar por meio do Observatório da Restauração e Reflorestamento.

Agora, a FT deve se dedicar a entender de que forma a Coalizão pode contribuir e ser mais efetiva na execução do Planaveg.

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