Nº 84
12/2023

Tempo de leitura: 3 minutos

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Movimento discute agendas caras ao G20 na COP 28

Cúpula das maiores economias do mundo discutirá bioeconomia e sistemas alimentares, temas analisados pela Coalizão na Conferência do Clima

Parte da equipe da Coalizão na COP: Karen Oliveira (TNC Brasil), Luana Maia (Nature Finance), José Carlos da Fonseca (cofacilitador da Coalizão); Mariana Pereira (Solidaridad), Laura Lamonica (gerente-executiva da Coalizão) e João Adrien (Itaú BBA). Foto: Renato Grandelle

Um olho nas negociações climáticas, outro em oportunidades para o Brasil nos próximos dois anos. Mais de 70 membros da Coalizão – entre eles, aproximadamente 20 lideranças de forças-tarefa e dos grupos Estratégico e Executivo –, foram à Conferência do Clima de Dubai (COP 28). Entre os temas abordados em painéis estavam a segurança alimentar e a bioeconomia, que estão no topo da pauta da presidência brasileira no G20, o grupo das maiores economias do mundo, em 2024. A rede também promoveu eventos sobre rastreabilidade da carne e a restauração, que figuraram entre as prioridades de seu advocacy em 2023.

Em um painel dedicado a financiamentos para a restauração de florestas tropicais, Juliana Lopes, membro do Grupo Executivo da Coalizão e diretora de ESG, Compliance e Comunicação da Amaggi, destacou o direcionamento da rede para o tema, visto como uma atividade importante para a inclusão socioeconômica no campo. “Quando olhamos para restauração sob diversas perspectivas, também estamos atuando, para além do ambiental, no desenvolvimento do país, já que restaurar 12 milhões de hectares poderá gerar 2,5 milhões de empregos”.

A Coalizão também foi uma das organizadoras do debate “A transição dos sistemas alimentares e suas implicações para o meio ambiente, consumo e saúde pública”, realizado no Pavilhão Brasil, espaço oficial do país na COP 28. A gerente executiva do movimento, Laura Lamonica, destacou as propostas dedicadas à segurança alimentar, como o lançamento de um pacto nacional para a alimentação saudável e biodiversa. “É do interesse dos múltiplos setores e da sociedade brasileira a transformação dos sistemas alimentares com foco nas pessoas, no clima e na natureza”, disse, no encerramento do painel.

A transformação dos sistemas alimentares foi também o tema do “Diálogo entre solos”,

organizado pelo Pacto Global da ONU, que debateu a sustentabilidade na agricultura e na cadeia de alimentos. No evento, Lamonica ressaltou o endosso da Coalizão ao chamado à ação promovido por atores não-estatais da COP 28. O convite para a adesão da rede partiu da UN Climate Champions, grupo de lideranças das convenções climáticas. Nesta edição da COP, a mobilização ocorreu em torno da agenda “Transformar os Sistemas Alimentares para as Pessoas, a Natureza e o Clima”.

O debate do Pacto Global teve também a participação de Eduardo Bastos, coordenador do comitê de sustentabilidade da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), e de João Adrien, head de ESG Agro do Itaú BBA, ambos membros do Grupo Executivo da Coalizão.

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