Nº 79
07/2023

Tempo de leitura: 3 minutos

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Coalizão promove audiência pública sobre bioeconomia no Senado

Evento aconteceu durante a Virada Parlamentar Sustentável; movimento também enviou propostas para a Política Nacional para o Desenvolvimento da Economia da Biodiversidade

Juliana Simões (à esquerda), colíder da FT Bioeconomia e gerente de Povos Indígenas na TNC, participou de audiência pública representando a Coalizão ao lado de Adriana Ramos (Instituto Socioambiental), da senadora Leila Barros (PDT-DF), e de Priscila Matta (Natura), colíder da FT Combate ao Desmatamento. Foto: Reprodução

A bioeconomia tem sido vista como uma alternativa de desenvolvimento que está alinhada à conservação da floresta e ao respeito às comunidades e populações que nela vivem. Para a Coalizão, trata-se de uma abordagem promissora, que concilia prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental. Por isso, o movimento vem discutindo e propondo diretrizes e políticas que impulsionem e evidenciem a atividade no país.

Este ano, a bioeconomia é um dos principais temas de advocacy da Coalizão, sendo abordada em diversas ocasiões. Uma delas foi a elaboração de propostas do movimento para a Política Nacional para o Desenvolvimento da Economia da Biodiversidade (PNDEB), sugerindo melhorias para um projeto de lei, visando sempre uma bioeconomia inclusiva.

A Coalizão promoveu, ainda, a audiência pública “Diálogos para uma estratégia nacional de bioeconomia no Brasil”, organizada pela Comissão do Meio Ambiente do Senado e presidida pela senadora Leila Barros (PDT-DF). A audiência foi fruto da articulação da Força-Tarefa Bioeconomia da Coalizão com a Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, e aconteceu no âmbito da Virada Parlamentar Sustentável.

Durante a sessão, Juliana Simões, colíder da FT Bioeconomia e gerente de Povos Indígenas na The Nature Conservancy (TNC), falou sobre a importância desse setor para o desenvolvimento e geração de renda no país, aliado à preservação da floresta e respeito aos povos tradicionais.

“Acreditamos na promoção de uma bioeconomia responsável com o uso da biodiversidade e o desenvolvimento de sistemas agrícolas e florestais. Devemos proteger e restaurar a vegetação nativa e defender a inclusão socioeconômica de comunidades tradicionais e agricultores familiares, com respeito, principalmente, aos direitos dos povos indígenas”, afirmou.

Segundo um levantamento recente, que contou com a participação da Embrapa, a implementação da bioeconomia no Brasil pode gerar um faturamento industrial anual de US$ 284 bilhões até 2050. É esse montante que o país poderá alcançar ao realizar a implementação da bioeconomia, que abrange três frentes: as atuais políticas para mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no país, a consolidação da biomassa como principal matriz energética em setores importantes da economia e a intensificação de tecnologias biorrenováveis. 

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