06/2023

Tempo de leitura: 5 minutos

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Plenária discute oportunidades para o Brasil na agenda de clima global

Encontro da Coalizão focou em perspectivas para as forças-tarefa e preparativos do país para eventos internacionais

A 1ª Plenária de 2023 da Coalizão Brasil marcou os oito anos do movimento, apresentou as perspectivas de futuro das Forças-Tarefa (FTs) e trouxe um painel com convidados para discutir o papel do país nas próximas cúpulas globais. A plenária aconteceu em 14 de junho, no Farol Santander, em São Paulo.

Os cofacilitadores José Carlos da Fonseca, diretor-executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), e Renata Piazzon, diretora-geral do Instituto Arapyaú, abriram o evento e ressaltaram a importância da contribuição do movimento, ao trabalhar com os pontos de consenso entre os diversos setores que o compõem.

“Temos buscado levar também nossa agenda de convergência aos debates internacionais”, disse Piazzon. No segundo semestre de 2023, haverá diversos eventos de importância global, para os quais a Coalizão tem se preparado. Entre eles, a Cúpula da Amazônia, que acontecerá no Brasil em agosto, a Climate Week Nova York, em setembro, e a COP 28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em dezembro, entre outros.

Líderes de cinco forças-tarefa apresentaram os avanços de seus grupos de trabalho no primeiro semestre de 2023 e anunciaram as perspectivas para o resto do ano. A FT Mercados de Carbono, por exemplo, focará suas discussões nas pontes entre mercado de carbono regulado e voluntário, tendo como cenário o anúncio prometido pelo Ministério da Fazenda, para os próximos dias, de um desenho para a modalidade regulada. “Outra pauta é o crédito de carbono a partir de concessões florestais”, afirmou Natalia Renteria, colíder da FT e head de Políticas na Biomas.

A pauta tem convergência com a FT Concessões Florestais, que contribuiu para a redação do texto do Projeto de Lei de Conversão nº 7/2023, o qual, entre outros assuntos, promove alterações na Lei de Gestão de Florestas Públicas, a fim de aumentar a atratividade das concessões em unidades de manejo florestal. O PL foi sancionado em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Agora precisamos atuar pela implementação da lei e a FT será uma mola propulsora para isso”, disse Daniel Bentes, colíder da força-tarefa e diretor-executivo da Confloresta (Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais).

Isabella Freire, codiretora da América Latina da Proforest e colíder da FT Rastreabilidade e Transparência, aponta o foco em um sistema ideal de rastreabilidade nacional que abranja as particularidades do país e incentivo aos produtores.

Já Rubens Benini, líder de Floresta e Restauração da The Nature Conservancy América Latina e colíder da FT Restauração, ressaltou, de forma positiva, o interesse do setor privado em restauração e afirmou que o Observatório da Restauração e Reflorestamento está sendo reformulado para trazer mais dados e de forma mais transparente.

A recém-lançada plataforma Painel da Floresta, com dados das cadeias do babaçu, cacau e açaí foi apresentada na plenária por Eduardo Roxo, CEO da Atina e colíder da FT Bioeconomia.

 O Brasil no mundo, o mundo no Brasil

O painel que se seguiu à apresentação das FTs trouxe o tema “O Brasil no mundo, o mundo no Brasil: clima, florestas e agricultura na agenda das cúpulas globais”. Com moderação de Marcelo Furtado, diretor da Nature Finance, head de Sustentabilidade da Itaúsa e membro do Grupo Estratégico (GE) da Coalizão, a conversa girou em torno das oportunidades para o país no cenário internacional, em especial nos eventos que acontecem no segundo semestre.

“Há grande expectativa em relação ao Brasil, porque somos uma das principais economias e temos a maior parte da Amazônia em nosso território. Temos muitas riquezas, mas desafios graves”, afirmou André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

Além de Corrêa do Lago, participaram da conversa Suzana Kahn, vice-diretora da Coppe/UFRJ e membro do GE da Coalizão, Larissa Wachholz, diretora-executiva da Vallya Agro, e Joana Martins, CEO da Manioca Brasil.

Assista à plenária aqui.

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